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terça-feira, 29 de junho de 2010

Romaria da Terra - cânticos religiosos do São Francisco

Meu rio de São Francisco
D.Frei Luiz Cappio e Roberto Malvezzi


Meu rio de São Francisco, nesta grande turvação, vim te dar um gole d'água e pedir tua benção! (estribilho)

1. Lá na serra da Canastra, lá em Minas dos gerais, o Senhor olhou seu povo, e uma lágrima derramou; esse choro virou rio: São Francisco se chamou!

2. Choro santo do bom Deus, gerou vida, planta, flor, peixes, bichos, passarinhos. E, na sua ribanceira, à sombra do juazeiro, muita gente se arranchou!

3. Pai da gente, mãe do povo, dando água, dando peixe, fome e sede ele matou. E as terras da caatinga: brejos, sertões e veredas, sertão seco ele molhou!

4. Como disse o padre santo: "o sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão!" tão matando o Velho Chico, o rio que gera vida nunca pode morrer não!

5. A barragem cerca a água, o veneno mata o chão: morre planta no cerrado, morre a ave, morre o bicho e o meu povo vai-se embora com saudade do sertão!

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Romaria da Terra
Tião e Bié


Romaria da Terra, faz o povo reunir numa luta sem guerra, nós lutaremos por ti! (estribilho)

1. A terra é de todos, feita por nosso Senhor. Ele fez e deu ao homem, e também nos ensinou, que é nela que vivemos, e a ela abençoou. É tão linda a Natureza, é obra do Criador. Deus deu a inspiração, o homem fez a plantação, e foi assim que começou.

2. Mas ao passar do tempo, que o povo aumentou, começou a ambição, e a terra negociou, uns compravam, outros não, e à força eles "tomou". Fazendeiros e jagunços, matando o trabalhador, as famílias que eram donas, hoje vivem no abandono, sem suas terras "ficou".

3. Amigo trabalhador, veja nossa situação, nós queremos trabalhar, e não temos condição. E a terra que era nossa, hoje é tudo do patrão. Desemprego na cidade, virou uma maldição, precisamos resistir, e nós vamos conseguir, pôr a terra em nossas mãos!

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Riacho do navio
Luiz Gonzaga e Zé Dantas


1. Riacho do navio corre para o Pajeú, o rio Pajeú vai desaguar no São Francisco, o rio São Francisco vai bater no meio do mar...

2. Ah, se eu fosse um peixe, ao contrário do rio, nadava contra as águas e, neste desafio, saía lá do mar pro riacho do navio! Eu ia direitinho pro riacho do navio!

3. Prá ver o meu brejinho, fazer minhas caçadas, ver os pegas de boi, andar nas vaquejadas, dormir ao som do chocalho e acordar com a passarada; sem rádio e sem notícia das terras civilizadas!

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Presença de Deus
João Bento


Eu sinto a presença de Deus é na luta, é na luta! (estribilho)

1. Jesus Cristo, irmão, companheiro, seu exemplo deixou para nós. Vamos todos olhar para a frente e ajudar muita gente sem vez e sem voz.

2. Quando o povo encara de frente as pessoas que estão no poder, é o Espírito Santo que age e vai dando coragem pra luta vencer.

3. Quando o povo está reunido, exigindo os direitos que tem, vai formando a comunidade na grande irmandade na busca do bem.

4. Quando o povo está refletindo os problemas da sociedade, o Espírito Santo ilumina e a todos ensina a vencer a maldade.

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Nossos direitos vêm
Zé Rufino


Nossos direitos vêm, nossos direitos vêm! Se não vierem nossos direitos, o Brasil perde também! (estribilho)

1. Confiando em Cristo Rei, que nasceu lá em Belém, e morreu crucificado porque queria nosso bem, confiando em seu amor se reclama até doutor, mas nossos direitos vêm!

2. Quem negar nossos direitos será negado também; já chega de mil promessas sem cumprir para ninguém. Mas com os irmãos unidos o mundo muda de sentido e nossos direitos vêm!

3. Só porque tu tens a terra e o gado com fartura, tu negas o teu irmão, esse pobre sem figura, cuidado com teu mistério, um dia no cemitério, nossas carnes se misturam!

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Romaria da Terra
Gogo


Vou cortando as serras, contemplando as matas. Vou em romaria a Bom Jesus da Lapa: Romaria da Terra, ai, Romaria das Águas é nas grutas de pedras do Bom Jesus da Lapa. (estribilho)

1. Viemos em busca da felicidade; valei-nos, senhora da Soledade. Viemos em busca de um pouco de luz; valei-nos também o Senhor Bom Jesus. Trouxemos a vida vivida na terra, tão dura, parece um pedaço de pedra, trouxemos na lágrima um resto de água, também a esperança guardada na alma.

2. Nós vamos chegando e ocupando a cidade, e a gente se encontra com muita alegria. Os nossos encontros são no Santuário, e a festa e a dança são nas rancharias. Passamos os dias pensando na vida, buscando um caminho e dias melhores, com a ajuda de irmão e a bênção divina.

3. Nós somos os filhos do injusto sertão, nós somos os filhos da terra e do chão. Também somos filhos de um Deus da vida, que a vida se faça em nossas famílias. Queremos a terra, queremos a água, queremos a bênção do rio São Francisco, que Deus nos proteja, e se Deus permitir, para o ano eu volto e já conte comigo!

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Romaria da Esperança
Zé Martins


Eu sou teu povo, sou em romaria, vou cantar o amor, vencer toda a dor, eu sei que vou! (estribilho)

1. Essa é a romaria da esperança, convidando todos que quiserem vir, pôr os pés nessa estrada sem bonança, caminhando e aprendendo a repartir.

2. Nosso Deus nos convida a caminhar; Deus dos pobres, Jesus libertador, nessa marcha todo irmão tem seu lugar, é o caminho da esperança e do amor.

3. Meus irmãos e irmãs vamos cantar, tempo novo de alegria e louvor, com Maria caminheira no estradar, a Javé que é liberdade e amor.

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Floriô!
Zé Pinto


Arroz deu cacho e o feijão floriô, milho na palha, coração cheio de amor! (bis) (estribilho)

1. Povo sem terra faz a guerra por justiça, visto que não tem preguiça, esse povo de pegar cabo de foice, também cabo de enxada prá poder fazer justiça e o Brasil se alimentar.

2. Com sacrifício debaixo da lona preta, inimigo faz careta, mas o povo atravessou. Romperam cercas que cercam a filosofia de ter paz e harmonia para quem planta o amor.

3. Erguendo a fala, gritando reforma agrária, porque a luta não pára quando se conquista o chão. Fazendo estudo junto à companheirada, criando cooperativa prá avançar a produção.

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Assim ninguém chora mais!
Zé Pinto


1. Sabemos que o capitalista diz não ser preciso ter reforma agrária. Seu projeto traz miséria, milhões de sem-terra jogados na estrada, com medo de ir prá cidade enfrentar favela, fome, desemprego; saída da situação é segurar as mãos de outros companheiros.

Assim ninguém chora mais, ninguém toma o pão de ninguém. O chão onde pisava boi é feijão e arroz; capim já não convém. (estribilho)

2. Compadre, junte ao movimento, convide a comadre e a criançada porque a terra só pertence a quem traz nas mãos os calos da enxada. Se somos contra o latifúndio, da mãe Natureza somos aliados, e viva a vitória no chão sem a concentração dos latifundiários.

3. Seguimos ocupando terra, derrubando cercas, conquistando chão; que chore o latifundiário, prá sorrir os filhos de quem colhe o pão. E a luta por reforma agrária a gente até pára, se tiver, enfim, coragem, a burguesia agrária, de ensinar seus filhos a comer capim!

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Quilombos do Brasil
Severo


Somos nós os quilombolas, vamos juntos nessa luta, vamos ganhar os quilombos com a fé no Senhor daquela gruta! (estribilho)

1. Quilombola quando nasce traz a força do união; suas mãos são calejadas da enxada e do enxadão. Vamos juntos nessa luta, com garra e dedicação. Nossos quilombos vão crescendo de geração em geração.

2. Começamos essa luta no quilombo Rio das Rãs, Parateca e Pau D'Arco, Cariaça e Araçá, no Mangal Barro Vermelho, Juá Bandeira e Jatobá; depois veio Nova Batalhinha, esse país vai ter que mudar!

3. Gangazumba começou, Zumbi dos Palmares assumiu e a nossa luta continua nos Quilombos do Brasil.

Fonte: Cânticos para a Romaria da Terra e das Águas - Igreja da Lapa, nº 156 - Ano VI (2009) - Santuário do Bom Jesus da Lapa - Pastoral Litúrgica

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Série "Cidades do São Francisco" (fonte: Wikipédia)

Januária (Minas Gerais)

Município de Januária
Brasão de Januária
Bandeira de Januária
BrasãoBandeira
Hino
Aniversário7 de outubro
Fundação30 de junho de 1833 (176 anos)
Gentílicojanuarense
Prefeito(a)Maurílio Arruda (PTC)
(20092012)
Localização
Localização de Januária
15° 29' 16" S 44° 21' 43" O
Unidade federativa Minas Gerais
MesorregiãoNorte de Minas IBGE/2008
MicrorregiãoJanuária IBGE/2008
Municípios limítrofesFormoso,Chapada Gaúcha,São Francisco,Pedras de Maria da Cruz,Itacarambi,Bonito de Minas,Cônego Marinho e Estado daBahia.
Distância até a capital603 quilômetros
Características geográficas
Área7.299,48 km²
População102,216 hab. est. IBGE/2009
Densidade9,2 hab./km²
Altitude434 metros
Climatropical
Fuso horárioUTC-3
Indicadores
IDH0,699 médio PNUD/2000
PIBR$ 212.458 mil IBGE/2005
PIB per capitaR$ 3.389,00 IBGE/2005

Januária é um município brasileiro do estado de Minas Gerais situado na região do Médio São Francisco, localizada ao lado esquerdo do Rio São Francisco. Conta com uma população de 102,216 habitantes.



História

Existem três versões acerca do surgimento do município. De acordo com a primeira versão, o nome do município é uma alusão ao fazendeiro Januário Cardoso, que morava na região e era proprietário da fazenda Itapiraçaba, localizada onde hoje se encontra o município.

Outras versões, porém, atribuem o nome a uma homenagem à princesa Januária, irmã do Imperador Dom Pedro II e, ainda, à escrava Januária que, fugindo do cativeiro, teria se instalado no Porto do Salgado (atual cidade de Januária), estabelecendo ali uma estalagem, onde os barqueiros e tropeiros do povoado se encontravam.

O município se situa às margens do rio São Francisco, que oferece excelentes praias fluviais temporárias, pesca, cachoeiras, destacando-se também grutas de formação calcária, com algumas pinturas rupestres. A presença do casario colonial na cidade pode ser observada na avenida São Francisco e ruas transversais.

Januária, antigo povoado de Brejo do Salgado, com seus três séculos de história, encanta os visitantes e a população local, não só por seus atrativos históricos e culturais, mas também por suas belíssimas e variadas riquezas naturais.

Terra de gente hospitaleira,,já teve grande importância como porto e entreposto comercial nos tempos áureos da navegação a vapor no "Velho Chico".

O município busca o seu desenvolvimento em atividades de prestação de serviços, artesanato, produção da cachaça de alta qualidade, extrativismo de frutos e essências do cerrado, e, principalmente, no incremento de atividades turísticas.


Infra-estrutura

O município de Januária possui 65 bairros divididos em sete zonas: norte, sul, oeste, leste, centro-sul, centro-oeste e centro-norte.

  • 87% das vias da cidade são pavimentadas.
  • 96% das residências são abastecidas pela rede pública de água.
  • 98% das residências são abastecidas pela rede de esgoto.
  • 65% das residências acessam a Internet Banda Larga.
  • 99,97% das casas urbanas são ligadas à rede elétrica da CEMIG.
  • 78,75% das casas rurais são ligadas à rede elétrica da CEMIG.
  • 1 telefone para cada 7,5 habitantes.
  • 2.500 unidades é a frota de veículos.


Brejo do Amparo

Igreja do Rosário

Antigo Brejo do Amparo, foi o núcleo do povoado que deu origem à cidade de Januária. Possui casario colonial e uma jóia do barroco mineiro: a Igreja da Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em um quilombo orientado pelos jesuítas. Este templo foi um dos primeiros construídos em Minas Gerais, e tem proporções médias, sendo que no interior há um coro ao fundo e à esquerda a tribuna, cercada com guarda-corpo, em ripas trabalhadas. O piso é em campas de madeira. A nave possui dois altares, a capela-mor tem o forro pintado com motivos religiosos e altar-mor, de confecção popular; possui vários arcos com colunas torcidas, tendo ao fundo nichos para imagens.

Nos arredores localiza-se a principal zona produtora de cachaça de Januária, a comunidade denominada Sítio. Lá os visitantes tem a oportunidade de conhecer o roteiro dos alambiques e todo o processo de fabricação artesanal da cachaça.

O distrito conta com trilhas e ruas propícias para a prática do ecoturismo, e também com uma belíssima caverna,a Gruta dos Anjos.


Cachaça

Januária é considerada a capital mundial da cachaça a de melhor qualidade do mundo. O segredo está na umidade natural do solo e no clima do distrito de Brejo do Amparo.

O município detém a produção da cana-de-açúcar desde o seu surgimento. São mais de trinta engenhos nas imediações do povoado. Parte da produção da cachaça é exportada para outros estados e para todos os países europeus e asiáticos, dado o alto grau de qualidade da cachaça ali produzida.


Artesanato

O artesanato da região é passado de geração em geração como forma de sobrevivência. De origem indígena, tem características primitivas, conservando sua forma pura. A matéria-prima utilizada é extraída da natureza.

São utilizados barro, fibras vegetais, madeira, flandres ou folha de zinco, couro, algodão.

O artesanato pode ser encontrado na Casa do Artesão, Casa da Memória, Centro de Artesanato e Mercado Municipal.


Culinária

A culinária regional apresenta vários pratos saborosos, como o arroz com pequi, carne de sol, moquecas de surubim, pão de queijo, angu com quiabo, paçoca, papudo, manué, galinha ao molho pardo, feijão tropeiro com torresmo, beiju, rapadura, panelada, picado de arroz, dourado assado, vários pratos feitos com o tradicional surubim do Rio São Francisco, e ainda saborosas frutas do cerrado como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí, maxixe, cabeça-de-nego, buriti, babaçu, fava-d'anta, jenipapo, anajá, banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces.


Folclore

É bastante expressivo o folclore de Januária, e muitas das expressões folclóricas continuam puras, preservadas de influência externa.


Educação

  • Escolas Estaduais: Bias Fortes; Maria da Abadia; Boa Vista; Caio Martins; Claudemiro Alves Ferreira; Mons. João Florisval Montalvão; Nossa Senhora de Fátima; Olegário Maciel; Pio XII; Princesa Januária; Prof. Onésimo Bastos; Profª. Zina Porto; Simão Viana da Cunha Pereira.
  • Escolas Municipais: Joana Porto; Santa Rita; Segredo; Pré. E. M. Boa Vista; Pré E.M. Joana Porto; Pré E. M. Maternal Dona Judite Jacques.
  • Escolas particulares: Prisma, Instituto Betel de Educação; Colégio Ceiva de Ensino Fundamental e Médio; Creche Servir; Escola Infantil Cantinho do Saber; Instituto Educacional Piagetiano (URIM).


Ensino superior

  • CPDL: Colégio Politécnico Dom Luciano.
  • CEIVA: Centro de Educação Integrada do Vale do São Francisco.
  • UNIMONTES: Universidade Estadual de Minas Gerais, extensão de Montes Claros.
  • IFET: Instituto Federal de Educação Tecnológica.
  • UNOPAR: Universidade do Norte do Paraná.
  • CEFETRE: Centro Federal de Educação Tecnológica e Engenharia.
  • CEFET: Centro Federal de Educação Tecnológica.
  • FUNAM: Fundação Educacional Alto Médio São Francisco.
  • UFNM: Universidade Federal do Norte de Minas.
  • FPPK: Faculdade Particular Presidente Kennedy.
  • FPSA: Faculdade Particular Santo Agostinho.

Série "Cidades do São Francisco" (fonte: Wikipédia)

São Francisco (Minas Gerais)


Município de São Francisco
Fundação5 de novembro de 1877
Gentílicosão-franciscano
Prefeito(a)José Antônio da Rocha Lima (pt)
(20092012)
Localização
Localização de São Francisco
15° 56' 56" S 44° 51' 50" O
Unidade federativa Minas Gerais
MesorregiãoOeste de Minas IBGE/2008
MicrorregiãoJanuária IBGE/2008
Municípios limítrofesUbaí, Pedras de Maria da Cruz,Pintópolis, Luislândia, Icaraí de Minas
Distância até a capital600km quilômetros
Características geográficas
Área3.299,801 km²
População54.846 hab. est. IBGE/2008
Densidade16,8 hab./km²
Altitude695 metros
ClimaTropical
Fuso horárioUTC-3
Indicadores
IDH0,689 médio PNUD/2000
PIBR$ 159.827 mil IBGE/2006
PIB per capitaR$ 2.879,00 IBGE/2006

São Francisco é um município brasileiro situado às margens do rio São Francisco, em Minas Gerais.



História

Fundada entre 1700 e 1702 por Domingos do Prado e Oliveira nasce a Fazenda Pedras de Cima, entre a beleza do rio, das pedras e dos angicos. Batizada por vários nomes como: Pedras de Cima, Pedras dos Angicos, São José das Pedras dos Angicos, São Francisco das Pedras e numa homenagem ao rio foi sacramentado o nome definitivo: São Francisco.

E cada um desses nomes tem a sua história; Pedras de Cima para distinguir do nome dado a Maria da Cruz que era Pedra de Baixo. Com o desaparecimento do proprietário Domingos do Prado e Oliveira, depois da conjuração do São Francisco, a Fazenda Pedras de Cima, tranformada em povoado de Pedras do Angicos. Emancipando da paróquia de Contendas conservou o mesmo nome, depois foi acrescido o nome de São José das Pedras dos Angicos.

Por duas vezes, sendo a última em 1850, foi incorporada ao município de Montes Claros das Formigas. Em 06/11/1866 ocorreu a emancipação eclesiástica da Paróquia de Contendas. Nesta data a Lei Provincial nº 1.356 criava o distrito de Paz com a Paróquia de São José das Contendas. Em 30/03/1871, pela Lei nº 1755, confirmada pela Lei nº 1.996 de 04/11/1873, ocorre a mudança da sede municipal da comarca do Rio São Francisco para o povoado de Pedras dos Angicos. Nesse mesmo ano desencadeia-se uma luta pela emancipação das Pedras havendo um confronto entre os partidos políticos da época: Liberais e Conservadores na Assembléia Provincial pelo mesmo motivo. A causa desse confronto era que o distrito progredia a olhos vistos, superando a sede (São Romão). A mudança da sede municipal concretizou-se em 1874, transferindo-se, também os arquivos, o que provocou a fuga do presidente da Câmara para as Pedras. No dia 12 de Junho do mesmo ano a transferência foi efetivada. Assim ficou instalado o poder executivo nas Pedras dos Angicos, em 12 de Junho de 1876, com os seguinte membros:

- Presidente - Francisco de Paula Souza Bretas - Vereadores - Justino Nunes de Macedo; Melquíades José Gomes; João Quirino da Cunha; João Antônio Magalhães; Joaquim Gomes de Abreu

O primeiro Juiz de direito foi o Dr. Francisco Manoel Paraíso Cavalcante. Em 1876, realizou-se o 1º pleito municipal da nova unidade administrativa, ficando assim construída a mesa diretora da Câmara, para o quatriênio a começar de 1877. - Presidente - Francisco de Paula Souza Bretas - Vice-presidente - João Rodrigues Néri Gangana - Vereadores - Melquíades José Gomes, Emídio Gonçalves Pereira, Valentim Ernesto da Mota e Jacinto José Gomes.

No decorrer de 1877, em outubro, por proposta do Deputado Eufrosino eleva a vila à categoria de Cidade com a denominação de Cidade Evangelina. Na mesma sessão o Deputado Taioba Júnior, apresenta a emenda de nº 7, propondo a mudança de Cidade Evangelina para São Francisco das Pedras. Em 25 de Outubro o projeto foi aprovado com a simplificação de Cidade de São Francisco. Em 1877, no dia 5 de novembro, pela Lei nº 2.416, recebeu o nome de São Francisco, deixava, assim a categoria de vila e era a mais nova e bela cidade ribeirinha.

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